sexta-feira, 24 de junho de 2011

Minha casa, minha vida

Acho o nome desse programa do Governo Federal bastante sugestivo, pois todos nós sonhamos em ter nossa própria casa, não é?
É difícil encontrar alguém que pense diferente disso... Seja por questões culturais, seja por quaisquer outros motivos, todos nós sonhamos em ter um lar, onde possamos viver nossas próprias histórias, nossos amores, ter nossas coisas, organizar tudo do nosso jeito, enfim, um lugar pra viver nossas próprias vidas...
Porém, há quem pense que ter uma casa de qualidade é coisa de gente rica...
Muito pelo contrário...

Hoje em dia, mais do que nunca, a preocupação com a qualidade das habitações populares está crescendo constantemente e é para isto que nós, arquitetos, estamos no mercado de trabalho...
É dever da nossa profissão atender às demandas do mercado, e se o contexto brasileiro está favorável às construções voltadas à população de média e baixa renda, a nossa preocupação maior deve estar em proporcionar qualidade de vida com gastos menores à estas pessoas!
Estas duas propostas de Lelé, famoso arquiteto brasileiro, são exemplos que provam que é possível sim atender a estas demandas com maestria, com arquitetura simples e brilhantemente linkada com a realidade e as necessidades das populações dos locais onde as construções serão implantadas.
Achei os projetos muito interessantes, nada monótonos, bastante adaptados às culturas, às realidades e às características dos locais onde serão implantados, que estimulará os futuros moradores a aprenderem a técnica construtiva proposta a fim de participarem de todas as etapas da construção e se sentirem parte dela para sempre, usando a tecnologia a seu favor.

Segue abaixo o texto publicado no site: http://www.piniweb.com.br//construcao/arquitetura/lele-projeta-duas-propostas-para-o-minha-casa-minha-vida-220098

Arquiteto desenvolveu tipologias em estrutura metálica com argamassa armada montadas manualmente. Proposta também contempla edificações em encostas
A notícia correu: Lelé foi convidado pela presidente Dilma Roussef para rever e apresentar uma solução ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Conhecido pela Rede Sarah de Hospitais e Tribunais de Contas da União, um dos maiores especialistas brasileiro na pré-fabricação apresentou dois projetos, inicialmente detalhados para regiões de favelas de Salvador - a urbanização de Pernambués, com ocupação mista de apartamentos e casas geminadas, e o conjunto habitacional para Cajazeiras. Mas as soluções podem ser adaptadas a qualquer parte do País.


Projeto do arquiteto para a favela de Cajazeiras


"O programa tem de levar em conta as diversas tipologias brasileiras, típicas de cada lugar, inclusive topográficas. No caso de Salvador, a topografia dificulta muito a implantação de um prédio convencional, conforme está sendo feito", explica. Desenvolvida e apresentada em janeiro, a proposta está ainda à espera da superação de entraves burocráticos para ser implementada.

Os prédios propostos são de estrutura mista metálica com argamassa armada. Todas as peças, inclusive as metálicas, são montadas manualmente. "A peça mais pesada, uma laje que vence 2,70 m de vão, pesa 86 kg, o que permite que duas pessoas a montem manualmente", explica Lelé.
A proposta para Pernambués, além das unidades habitacionais, inclui creche, escola, área de lazer. "Habitação não é só o lugar onde você mora, é um conjunto de coisas que fazem você sobreviver, inclusive o trabalho. Em Salvador, onde a economia informal tem um peso forte, é impossível pensar uma proposta como essa sem levar em consideração todos os parâmetros", avalia.



Proposta do arquiteto para favela de Pernambués

Lelé pretende realizar o projeto pelo Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat, sem fins lucrativos, que criou há dois anos em Salvador, cujo objetivo, além da pesquisa, é a realização de obras públicas com a pré-fabricação. Segundo Lelé, um programa de abrangência nacional como este requer industrialização e qualidade, o que só se consegue com tecnologia. E disso, ele entende.


Gostaram? Espero que sim...

Eu gostei, e muito!

Até a próxima...

Um comentário:

  1. Oi, Mayara! Não entendo muito de arquitetura, mas achei o texto bem legal, cheio de boas ideias. Parabéns!

    ResponderExcluir